Mudei de endereço

Postar um comentário

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Quando Bergman encontra Seinfeld

Ontem assisti ao primeiro episódio da sétima temporada de Seinfeld. Devido a um problema ainda não-identificado – e não-solucionado – no aparelho de DVD, Jerry, George, Kramer e Elaine surgiram em minha tela em estranhíssimos tons de preto e branco. Curiosamente, a primeira cena deste episódio mostra um tabuleiro de xadrez. Reparem bem: um tabuleiro de xadrez, em preto e branco. Em Seinfeld.

Por um segundo, nada mais fez sentido. Ou, ao contrário, tudo fez mais sentido do que nunca, pois o episódio em questão inicia pela consideração das mais profundas angústias existenciais de Jerry e George, e termina com um monólogo não menos perturbador e angustiado de Elaine (Kramer, naturalmente, passa ao largo dessas elucubrações).

Esse inusitado encontro de Bergman com Seinfeld, proporcionado por um defeito em meu aparelho de DVD, levou-me ontem mesmo ao desejo de rever Morangos Silvestres, um filme que tão longamente amei e tão completamente esqueci.

Hoje, veio a notícia. Dois posts abaixo, afirmei que meus ídolos eram outros. Bergman sempre será um deles.

Marcadores: ,

Postar um comentário

domingo, 29 de julho de 2007

Parabéns a você

No princípio, éramos Sydney e Nadia. As irmãs que juntas desatavam bombas de identificação projetiva.

Depois, passamos a ser Sydney e... Alguém que não seria aceita nem como faxineira do set de produção de Alias.

E isso teria sido mais do que suficiente para destruir qualquer possibilidade de relação entre duas pessoas – não fosse o fato de que você, mais do que Sydney, é Lili.

Você é a Lili que soube me ver, ao mesmo tempo e sem se deixar perturbar pela contradição, como Camila-Nadia e como Camila-menos-que-faxineira. E soube entender estas duas Camilas e conviver com elas.

E foi isso, Lili – para além do fato de que devo ter nascido com mais instinto de vida que de morte – o que possibilitou a criação de uma terceira Camila. Uma Camila mais próxima de quem eu sou.

Na última temporada de Alias, ficamos conhecendo a Rachel, uma moça com uma trajetória bastante similar à da Sydney e que, por motivos vários, acaba sendo "jogada na fogueira" em missões importantíssimas – sempre orientada pela Syd.

A Rachel é uma versão inexperiente e atrapalhada da Sydney. Tudo o que a Sydney faz de olhos fechados, sem ao menos se abalar, para a Rachel é uma tarefa dificílima que ela custa a cumprir. Ela tropeça, se esborracha, apanha, fala bobagem.

Mas, assim como a Sydney, ela vence no final. Ela pode até sair mais machucada e, inclusive, passar ridículo. Mas, graças à sua determinação, Rachel consegue aprender e se desenvolver.

Ela está muito longe de ser uma Sydney – mas está cada vez mais perto de ser uma excelente Rachel.

E foi isso o que você fez por mim, querida Lili. Você me ajudou e me ajuda a descobrir quem eu sou. E hoje vejo que sou e quero ser, cada vez mais, uma Camila-Rachel, isto é, uma Camila-Camila. Sempre, naturalmente, acompanhada por sua amiga-irmã-mais-velha Lili-Sydney.

Um grande beijo e feliz aniversário!

Marcadores: ,

Postar um comentário

sábado, 28 de julho de 2007

Flip #3

Duas mulheres felizes:



Marcadores:

Postar um comentário

sexta-feira, 27 de julho de 2007

De volta à terceira série

O Lucas Murtinho publicou no blog dele um questionário desses que a gente respondia num caderninho cor-de-rosa do alto de nossos dez anos de idade e sabedoria: “Qual sua cor favorita? Sua fruta favorita? Sua melhor qualidade?”. que o tema deste é literatura! Então, que o infantil se apossou de mim hoje, vamos :

1. Que livro você está lendo?

De Amor e Trevas, de Amós Oz, além dos psicanalíticos de sempre: Freud, Bion e os inevitáveis artigos sobre dependência química.

2. Lembra do seu primeiro livro?

Turma da Mônica! Todas as revistinhas no dia em que chegavam às bancas – Mônica, Cascão, Cebolinha e Chico Bentoque depois eu relia pelo resto da semana. Depois saiu também a revistinha da Magali, quando eu tinha 6 anos. Perder o concurso que elegeria o nome do gato da Magali foi talvez a primeira grande frustração de minha vida.

3. No Brasil, sabemos que a leitura não é um hábito da população em geral. Quantos livros, em média, você por mês?

Um, se tanto. Leio pouco e muito devagar. Além do que, estou sempre estudando psicanálise, então...

4. Você tem um gênero favorito? Qual?

Geralmente leio romances. Confesso também possuir um estranho pendor para as biografias e auto-biografias. Li até a do B.B. King – o que é ainda mais impressionante se considerarmos que não possuo nenhum disco dele.

5. Alguns escritores, além de grandes artistas, são vistos comoseres superiorespor alguns leitores.Você tem ídolos escritores? Quais?

Não. Meus ídolos são outros. A exceção talvez seja o Amós Oz, por quem me apaixonei na última Flip.

6. Você distingue o escritor pelo gênero - poesia, conto, romance, etc - ou acredita que escritor é escritor e ponto?

Sim. Escritor de romance é diferente de escritor de poesia que é diferente de escritor de ofícios que é diferente de escritor de bula. Eu, por exemplo, sou escritora de blog.

7. A internet pode se transformar em uma ameaça para a leitura de livros?

A Internet vai acabar com os livros? O iPod vai acabar com os discos? A batata ruffles vai acabar com a batata frita? Zzzzz...

8. Se você pudesse, como acabaria com o analfabetismo no Brasil e como implantaria o hábito de leitura?

Para o analfabetismo, inclusive o funcional, a solução é óbvia, embora exija décadas de vontade política para ser implementada. Em duas palavras: Dona Mariquinha. Falta uma boa Dona Mariquinha na vida da maioria dos brasileiros, isto é, educação fundamental de qualidade. Este é o primeiro e fundamental passo. Sobre a implantação do hábito de leitura, não faço idéia, até porque não tenho hábito e sim paixão pela leitura e literatura.

9. José Saramago declarou recentemente que sempre será comunista, embora saiba que este é um assunto ultrapassado. Um escritor deve manter para sempre seus valores, ou pode mudar de opinião?

Valor é uma coisa, opinião é outra. Maçãs e laranjas.

10. Uma frase para o Dia do Escritor:

Como eu queria ser escritora”, by Camila.

Postar um comentário

Historinha para o dia de hoje

Quando me disseram que minha mãe havia morrido, quase não me abalei. Eu tinha dez anos, e fui jogar basquete. Talvez meu pai e minha tia se lembrem disso; talvez tenham preferido esquecer. Meu pai chora por tudo; mas minha tia, foi a primeira vez que a vi chorar. Lembro-me de vê-los subir os degraus da escada da casa de minha avó e do estranho desejo de que a escadaria fosse infinita, para que meu pai e minha tia não acabassem nunca de subi-la; para que a vida pudesse continuar para sempre como estava. Como estava, eu tinha a inabalável certeza de que minha mãe, naquele momento mesmo, discutia com os médicos o gesso que combinaria melhor com suas roupas.

A cada degrau escalado, um novo se ergueria à frente deles. Eternamente. E quem sabe assim, tantos degraus depois, meu pai e minha tia se cansariam – de subir e de chorar –, e lembrar-se-iam do que, afinal, tinham vindo fazer ali. Eu pularia no colo do meu pai, abraçaria minha tia, e juntos, os três, desceríamos a escada, que acabaria rapidinho. Em um segundo, estaríamos a caminho do hospital, onde eu veria o longo gesso branco de minha mãe e negociaria com ela um espacinho onde eu pudesse desenhar uma menina e copiar pelo menos uma estrofe do Soneto da Fidelidade.

Mas a escada acabou. Sentido subida.

Não houve, no entanto, problema algum. Como disse, não me abalei. Substituí uma certeza por outra com rapidez de fazer inveja a muito camaleão. Afinal, não era minha mãe que havia morrido. Ninguém sabia disso – Deus o havia comunicado a mim –, mas quem morreu, na verdade, foi uma sósia dela. No dia do acidente, esta mulher, que lhe era absolutamente idêntica – usava a mesma roupa e tudo – invadiu a casa, surpreendeu minha mãe distraída lendo poesia e amarrou-a bem amarrada no fundo do armário. Esta mulher havia pensado em tudo: há meses que ela vinha estudando a rotina de minha mãe, sua voz, seus trejeitos, seus trajetos. E tanto estudo culminara naquele dia, quando, em pleno feriado (eu não disse que ela havia pensado em tudoela sabia que minha mãe estaria em casa no feriado) – ela executou seu plano maligno de ocupar o lugar de Agar. Ou melhor, começou a executá-lo (vocês estão pensando o quê, ela tinha um plano elaborado) – seu objetivo último, após meses e anos fingindo ser minha mãe, era ir conquistando paulatinamente a confiança de todos, até o dia em que ela conseguisse roubar-nos de tudo de que dispúnhamos. O apartamento, a escola, o carrotudo. Gananciosa, esta mulher. Que bom que ela existia!

Era ela que estava no carro na hora do acidente. Foi ela que morreu. E minha mãe continua , segura, num fundo de armário na Serra da Cantareira. Mais cedo ou mais tarde, alguém a encontrará.

Com essas certezaspois era de certeza que se tratava, e não de conjecturas ou wishful thinking –, dormi tranqüilamente nos dias que se seguiram à sua morte. Dias, meses...

Quinze anos se passaram até eu conseguir visitar o túmulo de minha mãe.

Foi estranho. Afinal, ela não estava realmente aquilo era apenas uma placa de pedra com um nome em cima. Que, por acaso, era o dela.

No fundo, no fundo mais infantil que existe em mim, ela ainda mora num armário. Até hoje.

Marcadores: , ,

Postar um comentário

segunda-feira, 23 de julho de 2007

É amanhã...

... que verei meu pai e a Bel de novo. Quase chorei ao falar com eles pelo telefone hoje. Neste tempo em que estiveram ausentes, uma certeza se fez cada vez mais presente em mim: é impossível ser plenamente feliz sem eles.

Postar um comentário

domingo, 22 de julho de 2007

Atenção passageiros do meu jatinho da Al-Qaeda

Um ano e pouco atrás, viajando com alguns amigos, fizeram-me a seguinte pergunta: se você pudesse escolher cinco personalidades brasileiras para embarcar num jatinho pilotado por um terrorista da Al-Qaeda, quem você escolheria?

Minha resposta original, pelo que me lembro, foi a seguinte: ACM, Maluf, Boni, Garotinho & Rosinha – eles fazem tudo juntos, seria injusto separá-los nesta hora, não é mesmo? – e Luciano Huck (reservo-me o direito a esta pequena idiossincrasia, pois embora nitidamente menos assassinável que qualquer uma das personalidades anteriormente mencionadas, este cidadão brasileiro uma vez falou, em rede nacional, que música instrumental é aquela quenão tem palavra, barulho”).

Mas agora, com a morte de Toninho Malvadeza, vagou um lugar no meu avião! Quem será que o ocupará? Ainda estou pensando a respeito, mas por enquanto o principal candidato é o Edir Macedo mesmo.

Resta ainda decidircoisa que não fiz na épocaonde instruirei meu terrorista a arremessar o jatinho. Estou entre o Congresso Nacional e o Projac – difícil dizer qual das duas instituições é mais perniciosa ao desenvolvimento e à inteligência do país.

Enquanto isso, aviões de verdade, com pessoas de verdade, continuam caindo por aqui. A Al-Qaeda deve estar pensando em pedir umas aulinhas pra Infraero.

Marcadores: ,

Postar um comentário

SEXO!!!

Agora é oficial: com Bel em Londres e papai em Paris, o Ibope registrou traço na audiência deste blog. Assim sendo, decidi apelar aos instintos mais básicos de meus ilustríssimos leitores e leitoras (a começar pelo título deste post): com vocês, uma mulher que algumas vezes desejei ser, e um homem com quem muitas vezes desejei...

Mas vamos parando por aqui. Poupo os leitores de uma extenuante reflexão sobre os efeitos da sensualidade masculina sobre a imaginação feminina para ir diretamente ao que interessa: as fotos. Bom domingo a todos!




Postar um comentário

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Flip #2

Agora que todo mundo está atento ao Pan, volto a falar sobre a Flip. Quem sabe no ano que vem, quando todo mundo estiver ligado nas Olimpíadas, eu falo do Pan?

1. Amós Oz

Pensei em escrever uma lista das coisas que ele disse que ficaram em mim (o duplo-sentido ficou nonsense porém bonitinho, não?).

Desisti. Fiquei com medo de a lista virar uma espécie de "minutos de sabedoria" da pior qualidade. Então, decidi restringir-me a uma coisa , de todas as que ficaram em mim para nunca mais sair e para sempre serem lembradas, digeridas, esquecidas, relembradas e modificadas. Mais ou menos, foi isso o que ele disse, segundo a minha memória e a minha imaginação:

"Um livro, no final das contas, não é feito de idéias, pensamentos, sentimentos, sensaçõesmas apenas dessas coisas tão pequenas a que chamamos palavras. E cada uma das palavras de um livro precisa ser olhada, ouvida, estudada, examinada contra o sol. (E ele faz como quem observa uma pedra preciosa à luz solar.) São milhares, milhões de micro-decisões que um autor precisa tomar, em relação a cada palavra que escreve. Seria este suéter azul, azul claro, azul marinho, ou não precisa de adjetivo algum que lhe especifique a cor? E se eu decidir que de fato aquele substantivo precisa da companhia de um adjetivoonde colocá-lo na frase? As decisões que um autor precisa tomar não dizem respeito apenas às palavras individualmente, mas às posições que ocupam na frase, às relações que estabelecem umas com as outras."

É precisamente isso que sinto toda vez que percebo o teclado movendo-se sob meus dedos – seja na escrita de um texto acadêmico, uma historinha para a Piauí, um e-mail para uma pessoa querida ou um post neste blog. Milhões de micro-decisões. Escrever é de uma responsabilidade incrível – e terrível, e deliciosa.

Além disso, é sempre estranhamente reconfortante sentir que se possui pelo menos uma coisa em comum com um gênio.

2. Em defesa de J.M. Coetzee

Defendo o autor de um ataque que eu própria, criatura vã, lhe fizera antes de testemunhar sua participação nesta última Flip. Até então, eu achava que a mesa dele seria uma bobagemafinal, o cara havia deixado claro que não responderia a perguntas nem da platéia nem de ninguém, restringindo-se a ler um trecho de seu último livroque, aliás, circulava pela internet. Ora, pensava eu, por que então se dar ao trabalho de ir ao aeroporto, fazer check-in, esperar o avião, pegar o avião, escala Deus sabe onde, chegar no Rio, tomar dramin e pegar nova condução para Parati, se não for para debater a própria obra com os participantes da festa?

Pois pensava eu isso tudo, até a noite de sábado chegar. Peguei o folheto que trazia o trecho traduzido a ser lido pelo tal cara em instantes. A partir desse gesto, minha opinião começou a mudar.

Em primeiro lugar, aquele textoque, aliás, juro por Deus parecia uma série de posts do melhor blog de todos os tempos – foi o mais impactante de todos os que eu havia lido na Flip até então. Tratava-se de uma série de opiniões – divididas nas categorias "brandas" e "fortes" – sobre assuntos diversos, a começar por uma brilhante discussão da linguagem de que nos utilizamos para falar de nosso próprio corpo. A seguir, Coetzee by Camila, em discurso livre, indireto e fantasiado:

Falominhas mãos’ e ‘meus pés’, mas certamente não saio por dizendo ‘meu câncer’. Os dentes, por sua vez, estão numa condição intermediária entre membros e câncer: são meus, decerto, porém não me exigirão um doloroso trabalho de luto caso necessitem ser extraídos em função de uma cárie. O que Coetzee não disse é que, nesse caso, o luto a ser elaborado depende em larga medida da posição ocupada pelo dente na boca. (E eu que nem suspeitava de que os dentes poderiam ter tanto em comum com as palavras!) O mais interessante do texto, contudo, não é nem essa gradação de partes do corpo que o autor estabelece, mas seu próprio espanto em chamarmos de nosso algo que, em princípio, somos nós. Eis a crítica a Descartes, tão velha quanto o próprio, reinventada – citando Alice, da historinha piauiense abaixo, de formapura e fresca’. Sim, é claro que dezenas de milhares de intelectuais pensaram e escreveram sobre nossa parcial e limitada relação linguageira com o corpo e o sensívelmas aposto que não foram muitos os que conseguiram alcançar a elegância e a precisão exibidas pelo texto de Coetzee.”

E então eu senti. Aquela sensação quetemposdesde os primeiros textos que li do Ogden, talvez? – não visitava o meu corpo: um arrepio na alma (olha o cartesianismo gente!), que posso traduzir muito pobremente por: "finalmente alguém conseguiu colocar em palavras isso quetanto tempo, o tempo de uma humanidade inteira, precisava ser dito".

E J.M. Coetzee leu o texto. E a sensação se confirmou.

Fiquei, então, pensando sobre a postura do autor de não comentar a própria obra. Por mais que eu, como futura leitora, obviamente preferisse que sua atitude fosse diferente, não pude deixar de considerá-la tão válida e aceitável quanto qualquer outra. E, de repente, aquela saga toda para chegar a Parati pareceu-me perfeitamente razoável, pois sua leitura fez toda a diferençapelo menos para a minha Flip particular. Outro dia eu disse aqui que letras de música foram feitas para serem ouvidas e cantadas. De fatomas textos literários, de certa forma, também. Foi bom ouvir a interpretação do autor, seca e precisa como sua narrativa. E, a bem da verdade, eu não trocaria essa experiência auditiva por umpapo descontraído” sobre o que o autor gosta de fazer nos momentos de folga, suas preferências culinárias ou outras inutilidades do gênerocoisa, aliás, que o Sérgio Rodrigues disse muito antes e muito melhor do que eu.

Saí de Parati com Desonra na mão, uma velha sensação no corpo-alma (eita, cartesianismo!) e novas idéias na cabeça.

Marcadores: ,

Postar um comentário

Ainda não chegou, mas tá quase (ou: minha primeira participação no ArtistShare)

Então, o lançamento do disco novo da Maria Schneider foi adiado para 24 de julhobem que eu estava vendo que as buscas no soulseek não estavam dando em nada. Entrei no sítio dela, e estava a notícia. , uma coisa foi levando a outra, e...

Eu sabia há tempos que a Maria Schneider Orchestra se mantém pelo ArtistShare, mas nunca me cadastrei porque comprei todos os discos que ela trouxe no ano passado e baixei os demais pelo soulseek. Com o Sky Blue, eu pretendia fazer o mesmo, até me deparar com a cópia material por um precinho camarada. Mas , amigos, ... Analisei com cuidado todas as propostas de compra do disco, e não resisti.

Acabo de comprar a edição limitada do disco, com direito a um livreto com 40 páginas de fotos e outro com um texto assinado pela Maria, mais os downloadsexclusivos” (entre aspas porque logo estarão circulando livremente por ) de uma música que não está no disco e de uma faixa bônus do Coming About, mais uma entrevista com ela e acesso a TODO o Sky Blue Project Experience – que inclui, por sua vez, dezenas de vídeos de ensaios, entrevistas e gravações, além de partituras. Ufa!

E tudo isso por U$30,95 – isto é, aproximadamente R$62,00. Claro que R$62,00 não caem do céumas, entre nós, não está nada mau, se a gente pensar que a Biscoito Fino, uma gravadora supostamente pequena, está cobrando R$28,00 por um CD. E eu, pagando pouco mais do que o dobro disso, estou levando (ou melhor, mandando trazer) para casa MUITO mais do que um simples CD.

Mas o melhor de tudo é saber que 100% (sim, 100 e não 10!) desses R$62,00 vão para a Maria Schneider e os músicos da sua orquestra, que são as pessoas para quem eu realmente desejo que o meu dinheiro vá. a minha compra de um disco da Biscoito Fino (ou de qualquer outra gravadora) – até onde sei – rende precisamente a fortuna de R$2,80 para o artista. Façam a comparação por si próprios: R$2,80 de um lado, R$62,00 de outro – e me digam, se vocês fossem um artista com pouca ou nenhuma divulgação na grande mídia, de que lado você preferiria ficar: o das gravadoras, grandes ou pequenas, ou o do ArtistShare. Para mim, como ouvinte, a resposta é óbvia. E, para os artistas, também parece não restar muitas dúvidas de onde o futuro da produção e divulgação da música não-comercial está.

P.S.: Enquanto o disco não é lançado e eu continuo sem caixinhas de som no meu computador, morri de rir com as sensacionaistécnicas de procrastinação” de Maria Schneider para compor. ADORO gente que não se leva demasiadamente a sério!!!

Postar um comentário

terça-feira, 17 de julho de 2007

Insight do dia

Algumas mulheres de seios perfeitamente bonitos e saudáveis querem injetar silicone nos pobres. Como se o problema estivesse neles, e não numa imagem corporal absolutamente deturpada.

Já eu, sou chegada num silicone emocional. Vício que só vem fazendo mal à minha saúde.

Marcadores:

Postar um comentário

Suíte Elaborações - LOST

Algumas coisas a se fazer enquanto a quarta temporada não vem – algumas delas fiz, outras estou fazendo, outras pretendo iniciar e outras, ainda, apenas sonho em fazer. Deixo para vocês a tarefa de adivinhar a que categoria pertence cada uma das sugestões abaixo, bem como acrescentar novas sugestões às mencionadas:


+ Pedir para alguém que entenda do assunto gravar uma versão bossa-nova de You All, Everybody (rearmonizada, por favor);

+ Reler todos os verbetes da Lostpedia;

+ Ouvir todos os podcasts de Darlton (“hello” para os que estão por fora: Carlton Cuse & Damon Lindelof, os produtores executivos da série);

+ Ir a San Francisco no dia 26 de julho ouvir Darlton falar no painel da Comic-Con;

+ Ou, se não der, acompanhar tudo pelo Lost in Lost;

+ Ouvir todos os podcasts do Lost in Lost;

+ Ler todos os arquivos do Lost in Lost (será que perdi muita coisa??);

+ Pesquisar outros sítios sobre Lost;

+ Participar de todos os polls sobre Lost que encontrar (qual mistério será mais explorado na próxima temporada? O que Locke explodirá na próxima temporada? Quantas vezes Jack chorará na próxima temporada? Ad infinitum);

+ Repassar todas as informações adquiridas via The Lost Experience;

+ Assistir a todas as temporadas de Sex & The City;

+ Assistir a todas as temporadas de Seinfeld;

+ Escrever um artigo psicanalítico sobre a contratransferência do torturador, em homenagem a Sayid;

+ Baixar muitas fotos do Sayid;

+ Comprar todos os bonequinhos disponíveis;

+ Baixar e rever a terceira temporada;

+ Rever a segunda temporada;

+ Rever os extras da segunda temporada;

(Obs.: A primeira temporada não entra nesta lista porque que é assistiu a todos os episódios da primeira temporada pelo menos umas duas vezes cada);

E, finalmente...

(Para ler a última coisa a se fazer enquanto esperamos a quarta temporada, é preciso selecionar com o mouse a frase abaixo, porque ela traz um spoiler do final da terceira):

+ Orar a Jacob todas as noites pedindo pelo bem de Charlie e, naturalmente, para que Lost volte logo!!!

Marcadores: , ,