Ainda não chegou, mas tá quase (ou: minha primeira participação no ArtistShare)
Então, o lançamento do disco novo da Maria Schneider foi adiado para 24 de julho – bem que eu estava vendo que as buscas no soulseek não estavam dando em nada. Entrei no sítio dela, e lá estava a notícia. Aí, uma coisa foi levando a outra, e...
Eu já sabia há tempos que a Maria Schneider Orchestra se mantém pelo ArtistShare, mas nunca me cadastrei porque comprei todos os discos que ela trouxe no ano passado e baixei os demais pelo soulseek. Com o Sky Blue, eu pretendia fazer o mesmo, até me deparar com a cópia material por um precinho camarada. Mas aí, amigos, aí... Analisei com cuidado todas as propostas de compra do disco, e não resisti.
Acabo de comprar a edição limitada do disco, com direito a um livreto com 40 páginas de fotos e outro com um texto assinado pela Maria, mais os downloads “exclusivos” (entre aspas porque logo estarão circulando livremente por aí) de uma música que não está no disco e de uma faixa bônus do Coming About, mais uma entrevista com ela e acesso a TODO o Sky Blue Project Experience – que inclui, por sua vez, dezenas de vídeos de ensaios, entrevistas e gravações, além de partituras. Ufa!
E tudo isso por U$30,95 – isto é, aproximadamente R$62,00. Claro que R$62,00 não caem do céu – mas, cá entre nós, não está nada mau, se a gente pensar que a Biscoito Fino, uma gravadora supostamente pequena, está cobrando R$28,00 por um CD. E eu, pagando pouco mais do que o dobro disso, estou levando (ou melhor, mandando trazer) para casa MUITO mais do que um simples CD.
Mas o melhor de tudo é saber que 100% (sim, 100 e não 10!) desses R$62,00 vão para a Maria Schneider e os músicos da sua orquestra, que são as pessoas para quem eu realmente desejo que o meu dinheiro vá. Já a minha compra de um disco da Biscoito Fino (ou de qualquer outra gravadora) – até onde sei – rende precisamente a fortuna de R$2,80 para o artista. Façam a comparação por si próprios: R$2,80 de um lado, R$62,00 de outro – e me digam, se vocês fossem um artista com pouca ou nenhuma divulgação na grande mídia, de que lado você preferiria ficar: o das gravadoras, grandes ou pequenas, ou o do ArtistShare. Para mim, como ouvinte, a resposta é óbvia. E, para os artistas, também parece não restar muitas dúvidas de onde o futuro da produção e divulgação da música não-comercial está.
P.S.: Enquanto o disco não é lançado e eu continuo sem caixinhas de som no meu computador, morri de rir com as sensacionais “técnicas de procrastinação” de Maria Schneider para compor. ADORO gente que não se leva demasiadamente a sério!!!
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