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domingo, 13 de abril de 2008

O problema do sexo

ATENÇÃO: Este é um post ranzinza, pentelho e xexelento*. Que reclama da vida a cada parágrafo. Portanto, se você acha que reclamar da vida é injusto para com Deus e os anjinhos - "afinal, você tem saúde, e é isso que importa!" -, nem perca seu tempo.

***

Todo fim de relacionamento traz o inconveniente da falta de sexo.

Relativizemos a afirmação acima. Alguns términos de relacionamento vêm justamente para possibilitar a retomada da vida sexual dos (ex-)namorados.

Não é este o meu caso agora.

O Alex, futuro colega de classe e atual amigo indispensável, disse que deve ter transado mais (e com mais pessoas) nos cinco meses que antecederam sua partida para NOLA do que em toda sua vida pregressa.

Por quê? Porque a mulherada que até então ficava na dúvida se devia dar para ele ou não viu em sua partida um sinal dos céus: é agora ou nunca.

Otimista e bem-intencionado, Alex quis me convencer de que a mesma graça divina would be cast upon me.

Antes fosse.

Os homens são muito mais simples. Não têm essa de ficar ponderando quem querem comer. Se têm um mínimo de interesse em quem quer que seja, fazem alguma coisa. Freqüentemente, bastante idiota; dizem, por exemplo, "ei, eu sou amigo do Toninho Horta!". Mas fazem. Alguma coisa. Deixam entrever suas intenções muito claramente.

Ou seja: os homens que tinham alguma intenção de me comer, já fizeram o que puderam. Não há de ser agora que vai cair do céu um velho conhecido a me dizer - ei, sou amigo do Toninho Horta e sempre te achei interessante, mas nunca tentei nada antes porque sou tímido. Não - este cara disse que me achava interessante no momento mesmo em que decidiu que eu era interessante.

Tímidos conhecidos sequiosos por sua grande chance, portanto, estão descartados de minhas possibilidades atuais. Que mais me resta?

Sempre se pode "cair na balada" para "sair à caça" e "pegar um homem" para "fazer uma putaria".

Acontece que tudo isso me soa tão sexy e excitante quanto ficar em casa assistindo a um programa sobre a vida das cigarras no Animal Planet. Nunca fiquei com pessoa alguma "na balada". Nunca sequer olhei para alguém que eu desconhecesse, ou de cuja vida e interesses eu não soubesse nem que fosse um pouquinho. Devo ser muito mulherzinha mesmo.

Sobraram, como sempre, os amigos dos amigos que ainda estou por conhecer.

O problema é que ando sem disponbilidade alguma para conhecer pessoas novas. E não estou me referindo apenas a este momento pós-término-de-namoro (porque isso seria óbvio), mas ao momento mais amplo que abrange minha partida a um outro país e meu desejo de aproveitar ao máximo a companhia das pessoas que já conheço. Não sobra espaço para ninguém diferente - nem agora, nem quando eu já estiver minimamente recuperada do mal-de-amor.

Esqueci uma categoria de potenciais bachelors. Sempre há os músicos, que se encantam comigo porque sei diferenciar uma tuba de um trombone e um acorde maior de um menor.

Mas faz muito tempo que longuíssimas sessões frente às minhas caixinhas M-Audio substituíram minha gana por ouvir música ao vivo (aqui em São Paulo, bem-entendido).

Isso tudo, como já disse, em São Paulo. Agora, quando penso em NOLA...

Ok, até rola uns músicos por lá - mas, caramba, eles são americanos!

Americanos - que só abraçam com a parte superior do tronco e não agarram a sua coxa por medo de serem processados por assédio sexual.

Ou então agarram a sua coxa imediata e toscamente por deduzir que você é brasileira, logo puta.

É isso. Este post não propõe nem espera soluções. É apenas um arroubo de mau-humor mesmo. Há de passar.


* E, ainda por cima, sexista e generalizante - não digam que não avisei.

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