LOST e a psicose
Esta semana voltei a viver aqueles fenômenos psicóticos tão caros a quem quer que assista a LOST: deparei-me com Jin ao sair do supermercado e peguei-me quase tão ansiosa e preocupada com o trabalho de parto da Kate quanto estou me sentindo com relação ao da Cintia. E eu que nem sei se ela (Ms Austen, não Mrs Tatini) está grávida mesmo! E se você sabe, por favor não me conte, que parei de acessar o Lost in Lost desde que li sobre os Oceanic 6 e fiquei com aquela sensação incômoda de too much information. Cortei todos os açúcares e carboidratos e gorduras hidrogenadas da minha dieta, não vi nenhum trailer e não faço idéia do que se passa com o Sam do Lost Experience e sua noiva que mais parece uma prima da Juliet e da Sarah (ah, você não sabia que Juliet e Sarah eram primas? Bom, na verdade eu também não sei, mas não seria fantástico se elas fossem? Como será que Jack reagiria? Acho que ele não teria mais dúvidas de que tudo o que acontece na ilha é fruto da manipulação de Jacob, logo se afundaria cada vez mais nas drogas no futuro, logo viria se tratar comigo, que demais!!! E eis que a psicose retorna).
Então eu não sei se minhas visões e fantasias aconteceram meramente em função da expectativa com relação à volta (ontem nos EUA, provavelmente HOJE!!! aqui em casa), ou se constituíram uma manifestação legítima do princípio de prazer. Toscamente falando, eis o exemplo paradigmático do princípio de prazer em ação: se o bebê não tem acesso ao leite na hora em que o deseja, ele alucina o leite e isso o sacia, num primeiro momento. Mas esta saciedade, embora não possa ser chamada de falsa, pois o bebê realmente se tranqüiliza com o leite alucinado, é apenas temporária; mais hora menos hora, ele vai precisar do leite material - e, se este vier de um seio amoroso, melhor ainda. (Analistas deste blog, falei bobagem? Estou com preguiça de voltar ao texto...)
Talvez eu esteja alucinando coisas enquanto leite-LOST não vem. Eu até podia saciar parcialmente a minha fome com o Lost Experience, que é tipo o leite ninho de LOST; preferi, porém, recorrer ao meu próprio leite-LOST intrapsíquico e não me contentar com nada menos que o leite oriundo do seio bom Darlton.
Ou talvez eu esteja apenas mais antenada do que o normal para o que está por vir (se vi Jin saindo do supermercado, será que isso quer dizer que o veremos fazendo de tudo para prover e cuidar de seu filho? Hmm....).
Mas talvez sejam as duas coisas, e o mais provável de tudo é que não seja nenhuma delas - é bom já ir me reacostumando com a reversão de expectativas a que LOST invariavelmente me submete. E, principalmente, é ótimo entrar em contato com a saudade imensa que venho sentindo há meses. Afinal, reencontrarei velhos amigos entre hoje e amanhã.
Então eu não sei se minhas visões e fantasias aconteceram meramente em função da expectativa com relação à volta (ontem nos EUA, provavelmente HOJE!!! aqui em casa), ou se constituíram uma manifestação legítima do princípio de prazer. Toscamente falando, eis o exemplo paradigmático do princípio de prazer em ação: se o bebê não tem acesso ao leite na hora em que o deseja, ele alucina o leite e isso o sacia, num primeiro momento. Mas esta saciedade, embora não possa ser chamada de falsa, pois o bebê realmente se tranqüiliza com o leite alucinado, é apenas temporária; mais hora menos hora, ele vai precisar do leite material - e, se este vier de um seio amoroso, melhor ainda. (Analistas deste blog, falei bobagem? Estou com preguiça de voltar ao texto...)
Talvez eu esteja alucinando coisas enquanto leite-LOST não vem. Eu até podia saciar parcialmente a minha fome com o Lost Experience, que é tipo o leite ninho de LOST; preferi, porém, recorrer ao meu próprio leite-LOST intrapsíquico e não me contentar com nada menos que o leite oriundo do seio bom Darlton.
Ou talvez eu esteja apenas mais antenada do que o normal para o que está por vir (se vi Jin saindo do supermercado, será que isso quer dizer que o veremos fazendo de tudo para prover e cuidar de seu filho? Hmm....).
Mas talvez sejam as duas coisas, e o mais provável de tudo é que não seja nenhuma delas - é bom já ir me reacostumando com a reversão de expectativas a que LOST invariavelmente me submete. E, principalmente, é ótimo entrar em contato com a saudade imensa que venho sentindo há meses. Afinal, reencontrarei velhos amigos entre hoje e amanhã.
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