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sábado, 23 de agosto de 2008

Vaziozinho

Então acabou. Não há mais nada de muito urgente para limpar, desinfetar, arrumar. Não há mais roupas para passar e guardar. Respondi os e-mails, os comentários do blog.

Quer dizer. Coisas a fazer, sempre as há. Tenho compras a devolver no Wal-Mart e na Bed Bath & Beyond; o fogão ainda não limpamos; ainda quero aspirar as escadas. Nenhuma delas, bem se vê, coisas sem as quais não se pode viver.

Mas o mais estranho não é isso. É pensar que hoje é sábado, e não almocei na Bel. Não irei à Benedito Calixto e nem tampouco encontrarei algum bachelor mais tarde. Não que estes fossem programas repetidos todo sábado, longe disso. Mas, em geral, estas eram atividades que me estavam dadas, disponíveis. E agora não.

Para ajudar, hoje é aniversário do meu pai, e ainda não consegui falar com ele. E é justo ele a pessoa que mais tenho medo de que me esqueça aqui. É aquela coisa: minha mãe morreu, mas a sensação que habita algum canto do meu corpo (e que Amós Oz, mais do que Freud, explica) é de que ela, na verdade, me abandonou, porque se encheu de mim. Porque eu não valia a pena. Foi fazer coisa melhor da vida. Quem diz que o meu pai não vai fazer a mesma coisa?

Tudo bobagem, eu sei. Bobagens que tomam conta quando há pessoas queridas no messenger e no skype - e nenhuma por perto.

Claro que a Isabel é a roomate que qualquer um pediu a Deus (também, com esse nome). E claro que isso não adianta.

Não preciso ser propriamente espírita para prever que semana que vem estarei novamente preenchida por quilos de livros a estudar e toneladas de livros a decifrar. Sim, porque os de português eu até posso estudar; já os de espanhol...

Bom. Ajuda saber que eu sabia que esse momento havia de chegar.

Então vou lá arrumar a cozinha e ler uma história de amor e terror, que sair da própria vida é o melhor remédio.

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