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terça-feira, 11 de março de 2008

Música em NY, parte II: evento deliciosamente psicótico do dia

É capaz que eu saia atrasada de casa - se bem que, quando as quebras de recordes de congestionamento acontecem diariamente, é impossível sair de casa suficientemente adiantada - mas eu precisava de todo jeito comunicar aqui no blog o segundo grande evento psicótico-premonitório da minha vida - ou a mais pura serendipity, a depender do gosto do freguês. Aconteceu assim:

Hoje sonhei com uma música e acordei pensando nela. A música, No Wonder, é da Luciana Souza, mas sonhei com a versão da Kate McGarry no espetacular disco The Target, e acordei pensando assim: poxa, ela - Kate - e o marido - Keith Ganz, guitarrista que participa brilhantemente do tal disco - moram em Nova York; eles bem que podiam tocar lá semana que vem... Uma pena que não vão. (Como disse em outro post, eu já havia montado a minha programação musical da semana, conferindo tudo quanto é site de bar e, principalmente, o jornalzinho do AAJ-NY).

Mas o site de nada menos que o meu bar favorito em NY estava estranhamente desatualizado, faltando justamente a programação da bendita semana em que estarei lá. O 55 é o moquifo onde há aproximadamente uns dois milênios o Mike Stern faz temporada às segundas e o Wayne Krantz às quintas, sempre a 10 ou 15 mangos com direito a dois drinks. Eu, como boa órfã do Supremo que sou, rapidamente adotei o 55 como meu micro-barzinho-de-excelência-musical do coração - uma pena que ele fique logo ali, um pouquinho acima da linha do Equador. Mas se desconsiderarmos esse pequeno inconveniente, trata-se um lugar super acessível e agradável, sem frescura alguma, com a programação musical sempre boa, sempre lotado - o que não é lá muito difícil, considerando-se que ele ocupa uma área três vezes menor que o Supremo - e sempre, sempre com a qualidade do som estupenda. Ali, além dos supra-citados milenares senhores, já tive a graça divina de ver a super-banda Welcome to Life do David Binney, que começa por Brian Blade na bateria (qualquer banda que começa pelo Brian Blade na bateria dispensa que os demais músicos me apresentem suas credenciais).

Aí hoje a programação do 55 saiu. Mike Stern estará lá, claro - e, embora been there, done that, ele sempre constitui uma opção razoável para uma segunda-feira otherwise completamente morta.

E quem mais vai tocar no 55? Quem???

Não sou boa de fazer suspense nem quando me esforço - que dirá num texto que abre o jogo logo de cara, com aquela história toda de sonho e serendipity. Sim - Kate McGarry, é claro. Mas a grande graça de tudo isso, para os efeitos deste post, é a resposta à seguinte questão: quando hei de ouvir a Kate McGarry, a cuja voz e cuja banda meu inconsciente sabiamente recorreu esta noite?

Pasmem: NO MEU ANIVERSÁRIO!

No que cito minha sapientíssima amiga Nath:

YAAAAAAAAAAAAAAAAAAYYYYYY!!!!!!!!!!!

E o melhor: às seis horas da tarde! O que me dará tempo suficiente para um jantar delicioso em horário mais do que apropriado. E me dará também a possibilidade de ouvir outra mulher fenomenal - a da musiquinha aí de cima - à meia-noite e meia no Village.

Sra. McGarry e esposo estarão acompanhados pelo ótimo baterista Clarence Penn - empregado, só para citar as minhas patroas preferidas, de Luciana Souza e Maria Schneider (não, não é a da manteiga e do Marlon Brando: vem aprender mais sobre ela aqui).

E eu - se elas aceitarem o convite! - estarei mais bem acompanhada ainda por Bel & The Botters.

Ê, vida difícil... ;-)

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