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terça-feira, 6 de novembro de 2007

Mais teorias e especulações - LOST em revista, parte 2

O mesmo aviso dado na parte 1 vale para a parte 2: Cintia, NÃO LEIA!!! Eu sei que aí é que dá mais vontade de ler, tipo "não pense numa maçã vermelha". Mas como estou sem criatividade para formular outras estatégias de warning para os leitores - afinal, a criatividade precisa ser toda canalizada para as teorias! - fica o aviso de sempre: se você ainda não viu a terceira temporada, e não quer saber da quarta, FUJA DESTE POST!


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- Especulações sobre o retorno de Michael. Os produtores já disseram que o "arco" da história (como traduzir story arc?) de Michael nesta temporada tem a ver com redenção. O blog Lost in Lost já cantou a bola de que ele e Walt devem ser prisioneiros do cargueiro de Naomi, cuja equipe vem sendo alardeada como MÁ a ponto de fazer os Outros parecerem Ursinhos Carinhosos em comparação. Se for isso mesmo, a redenção mais óbvia seria o reencontro de Michael com os passageiros do 815 para combater Minkowski e sua turma (aliás, onde entra Walt nessa história? Muito se falou da volta de Michael, mas de Walt... E estou falando de Walt mesmo, não de manifestações do monstro de fumaça). Por algum motivo, porém, não acredito nesta possibilidade, embora ela seja de todo plausível. Senão, de que forma pensar num retorno de Michael à ilha? Pois não acredito que Harold Perrineau tenha sido contratado como integrante da equipe fixa da série para fazer apenas participações em flashbacks ou flashforwards - e, pelo que o promo da próxima temporada já nos revelou ("você achou que os Outros eram do mal, você achou errado - defenda a ilha"), não devemos sair da ilha tão cedo. Sendo assim, fica difícil supor que ele saiu da ilha e depois alugou um barquinho e voltou - nem a multibiliardária Penny conseguiu fazê-lo. É mais lógico supor que ele nem chegou a sair de lá; e, se não saiu, onde ficou? Seqüestrado pelos verdadeiros bad boys da história, é a resposta mais lógica. E talvez seja exatamente por isso que eu não acredite muito nela... Pois se tem uma coisa que Darlton sabem fazer é reverter nossas preconcepções racionais e lógicas.

- Minha teoria sobre o monstro de fumaça, a caixa e os números. Ainda não sei muito bem como estes três itens / personagens se relacionam entre si, mas sei o seguinte: quando Ben explica o funcionamento da tal caixa (uma metáfora) para Locke, para mim ele está falando do que o monstro de fumaça faz. Seria a caixa, então, o próprio monstro, ou seria o monstro dotado desta propriedade que, de resto, é um fenômeno da ilha, que se estende ao monstro e do qual ele se aproveita? O tal fenômeno, como vimos, consiste em materializar - ou ao menos em projetar tridimensionalmente - objetos da imaginação dos habitantes da ilha. Só que a coisa não funciona por um ato de vontade do imaginador; o que acontece - e isso Ben não diz, digo eu - é que a ilha (ou parte dela, ou o monstro, não sei ao certo) tem o poder de concretizar os objetos internos inconscientes de seus habitantes. Ra! Sem entrar muito nos meandros psicanalíticos da questão, coloquemos o problema nos seguintes termos: objetos internos são representações inconscientes que em algum momento foram calcadas numa realidade externa - mas que, uma vez constituídos, são dotados de uma dinâmica e lógica de funcionamento próprias, independentes dos objetos externos que lhes são correlatos. Assim, o cavalo de Kate que apareceu na ilha é amigável porque, para Kate, o cavalo que ela carrega em si é amigável, pois que lhe ajudou a fugir. Sabe-se lá se o cavalo era manso ou não: para Kate, ele é assim, e é assim que ele lhe aparece na ilha. O mesmo se dá, por exemplo, com Yemi, o irmão de Mr. Eko, que aparece na ilha para julgá-lo e condená-lo. Vai saber se o Yemi estava tão preocupado assim com os destinos da alma de seu irmão - esse julgamento todo, penso, é muito mais uma expectativa / pré-concepção de Mr. Eko em relação ao irmão do que algo que venha do próprio Yemi. E assim por diante. É claro que alguns exemplos são mais difíceis de explicar do que outros - a aparição de Christian Shephard, por exemplo, não confirma esta teoria (mas também não a desmente).

Continuando. Quando Hurley conversa com Lenny no Santa Rosa Mental Institute e este lhe revela desconcertado que a "caixa" havia sido aberta ("you've opened the box!") - minha teoria é que, com a utilização dos números, Hurley fez com que esta propriedade da ilha (ou do monstro apenas, não sei) fosse transferida para o nosso mundo - o mundo em que ele vivia. E qual era a grande questão existencial da vida de Hurley? Em primeiro lugar, é possível supor que, em algum nível, ele se sentisse responsável pelo pai tê-lo abandonado quando criança. Mas mesmo que isso seja considerado "forçação de barra", não podemos nos esquecer de seu terrível sentimento de culpa ao participar do acidente que culminou na morte de (16? não lembro ao certo) pessoas num acidente de barco. Ou seja, é possível supor que a grande "pré-concepção existencial" da vida de Hurley é que ele estraga tudo, detona tudo, acaba com tudo. E é exatamente isso o que começa de fato a acontecer uma vez que ele ganha na loteria... Uma vez na ilha, essa sua pré-concepção (em grande medida inconsciente) assume a forma muito concreta de seu amigo David - forma que, aliás, já havia assumido durante a sua internação.

E os Outros? Bem, parece que a cerca protetora os livra deste enlouquecedor "contato com a ilha" (e, conseqüentemente, com si próprios). Mas com Ben é diferente; mesmo com a cerca, ele consegue ver a sua mãe na Vila dos Outros. Daí Richard Alpert ter ficado tão impressionado com sua capacidade de comunhão com a ilha...

Em suma, acho que a "caixa" a que Lenny se refere é a mesma mencionada por Ben: ambos usaram a mesma metáfora para se referir ao mesmo fenômeno.

Bel? Lu? Marco? Curiosíssima para saber o que vocês acham!

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