I feel emotional
O som tava ruim e o visual inexistente. Não consigo lembrar de nenhum outro show em que a minha expectativa "imagética" (cenário, figurinos etc.) era tão forte quanto a musical. Mas os graves estavam distorcidos e a voz dela às vezes se perdia - e o palco era muito, muito baixo. Mal se via o telão. Eu fiquei no meio do povão - se é que se pode chamar de "povo" pessoas que pagam 200 reais por um ingresso -, mas teria visto muito mais se tivesse ficado mais afastada do palco, assistindo a tudo tranqüilamente de um telão. Não me arrependo: se paguei os tais 200 reais, foi para (tentar) ver a mulher cara-a-cara, no palco, não numa tela maiorzinha. Para isso temos os DVDs. Mas a produção podia ter se esforçado um pouquinho mais em fazer do show uma experiência audível e visível. É pedir muito? Deve ser, se considerarmos que ainda hoje, no portal do Estado, encontramos informações sobre o show da cantora "holandesa" no Rio. Sim, estou misturando alhos com bugalhos, a produção do festival não pode se responsabilizar pelo que sai no jornal; estou só extravasando meu desânimo com o pouco caso, a falta de cuidado, o amadorismo com que é tratada a música por aqui (por todo lugar, talvez). Aí bate aquele desespero: o jornal diz que a Björk é holandesa; se a minha avó ler, vai acreditar. Agora, a questão que não quer calar: quantas coisas será que o jornal não diz, sobre política e economia, com relação às quais fico na mesma posição da minha avó?
Mas nada disso me impediu de curtir, pular, cantar e me emocionar com o show. E a maior cambalhota anímica não veio de Hyper-Ballad - gosto quando minha alma me surpreende e se contorce inteira em função de um estímulo que meu cérebro não estava prevendo - e sim de Jóga. Daí o título deste post... Procurem vídeos no youtube e se emocionem também, se puderem. Não tenho tempo de postar os links aqui, que a sala do hospital precisa fechar...
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