Música brasileira
Ontem fui questionada sobre música brasileira - o que tenho ouvido, de quais "cantores novos" tenho gostado.
Eita perguntinha difícil. Foi péssimo: deu um branco tremendo e a certeza terrível de que não ouvi nada que realmente abalasse as minhas estruturas desde o disco novo do Guinga, lançado em março e adquirido no inesquecível dia em que a enxurrada levou a chave do meu carro (mas essa é uma outra história).
Isso, porém, foi ontem. Hoje, eu teria uma resposta na ponta da língua: a música brasileira que tem me interessado ultimamente é a feita por Anat Cohen. Cliquem aqui para ouvir Carnaval de São Vicente, uma mistura de marcha-rancho com choro e samba que no fundo não é nada disso, mas certamente é um tributo involuntário ao Seu Jair do Cavaquinho, com a citação quase literal de um trecho da melodia de Doce na Feira; duvido, no entanto, que isso tenha sido intencional. (Sou só eu que me espanto diante da proximidade de almas de um senhor carioca e uma moça israelense?) Os instrumentos vão entrando pouco a pouco para criar esse híbrido rítmico e cultural de cordas, sopros e percussão brasileira.
Não vou me furtar a um comentário maldoso. Pelo menos tenho um precedente ilustre: André Geraissati costuma dizer que Still Life (Talking) é o disco que Toninho Horta queria ter feito. e nunca conseguiu. Pois bem: digo eu, agora, que este disco da Anat Cohen tem todo o jeito de ser o disco que o Núcleo Contemporâneo mais queria ter produzido - e, assim como o Toninho Horta, jamais conseguiu.
Eita perguntinha difícil. Foi péssimo: deu um branco tremendo e a certeza terrível de que não ouvi nada que realmente abalasse as minhas estruturas desde o disco novo do Guinga, lançado em março e adquirido no inesquecível dia em que a enxurrada levou a chave do meu carro (mas essa é uma outra história).
Isso, porém, foi ontem. Hoje, eu teria uma resposta na ponta da língua: a música brasileira que tem me interessado ultimamente é a feita por Anat Cohen. Cliquem aqui para ouvir Carnaval de São Vicente, uma mistura de marcha-rancho com choro e samba que no fundo não é nada disso, mas certamente é um tributo involuntário ao Seu Jair do Cavaquinho, com a citação quase literal de um trecho da melodia de Doce na Feira; duvido, no entanto, que isso tenha sido intencional. (Sou só eu que me espanto diante da proximidade de almas de um senhor carioca e uma moça israelense?) Os instrumentos vão entrando pouco a pouco para criar esse híbrido rítmico e cultural de cordas, sopros e percussão brasileira.
Não vou me furtar a um comentário maldoso. Pelo menos tenho um precedente ilustre: André Geraissati costuma dizer que Still Life (Talking) é o disco que Toninho Horta queria ter feito. e nunca conseguiu. Pois bem: digo eu, agora, que este disco da Anat Cohen tem todo o jeito de ser o disco que o Núcleo Contemporâneo mais queria ter produzido - e, assim como o Toninho Horta, jamais conseguiu.
Continuando a navegar pelo site, ouve-se em seguida uma valsa de um outro disco dela, que poderia perfeitamente ter sido composta pelo... Guinga. Pronto: o ciclo se fecha.
Espero que vocês tenham um dia tão bonito quanto foi a minha manhã, com esta nova descoberta.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial