O normal e o patológico - LOST e sexo
Sobre os conceitos de normal e patológico, por favor leiam Canguilhem e Foucault. Cá de minha parte, entendo e gosto muito mais de LOST e de sexo, sendo portanto disso que irei tratar. Cabe a vocês determinarem - ou, o que é muito melhor, abismarem-se com a quase impossibilidade de determinar - os limites entre estas tão fluidas categorias nas duas situações abaixo:
LOST - O básico, o normal da experiência de LOST, todo mundo já conhece: mesmo a pessoa menos maníaca e/ou propensa ao vício, uma vez exposta às cenas iniciais do primeiro episódio da primeira temporada, empreenderá demoradas sessões de LOST, assistindo a vários episódios na seqüência; roerá as unhas de indignação com a própria ignorância frente aos mistérios da ilha; sonhará com pelo menos um personagem pelo menos uma vez. Até aí, tudo dentro dos limites da normalidade. A partir daí, começa a despontar um segundo tipo de fã, um pouquinho mais doente, que é aquele que começa a achar fundamental rever todos os episódios e acompanhar The LOST Experience (se você nunca nem ouviu falar nisso, parabéns: a insanidade ainda lhe é uma dama desconhecida). A partir deste ponto - isto é, quando a pessoa (deveríamos chamá-la agora de paciente?) conhece a Hanso Foundation e a Mittelos Bioscience como se para tais instituições houvesse trabalhado a vida inteira - a pessoa começa a ouvir então os podcasts oficiais de LOST com os produtores Damon Lindelof e Carlton Cuse (Darlton, para os já definitivamente pacientes). Eventualmente, a pes... ops, o paciente começa também a acessar diariamente o blog Lost in Lost e a ouvir os podcasts do CA Monteiro. (Naturalmente, neste estágio já avançado da doença, o paciente não controla mais a utilização cotidiana de expressões como "I believe in Jacob", "Continue apertando o botão!", "Namastê" e derivados.)
E aí, quando vocês já estavam certos de que a doença havia atingido o seu clímax - quando o vírus de LOST parecia ter alcançado concentração máxima na corrente sangüínea (ou seria nas células? Ai, o vestibular) - ...
A pessoa (neste ponto, chamá-la de paciente pra quê? Desencana, agora é que ela não vai se tratar mais, mesmo) começa a RE-ouvir os podcasts oficiais de LOST.
Caros médicos freqüentadores deste blog: seria caso de internação compulsória? (Não que a pessoa citada seja eu, é claro que não, longe disso...)
Sexo - A indústria pornográfica especializada em sadomasoquismo é um empreendimento que destrói tudo aquilo que o feminismo levou décadas para construir, objetificando e explorando pobres mulheres submetidas a torturas degradantes. Certo?
Think again, dear friends, e enquanto isso acessem outros posts do ErosBlog - um site só para aqueles que não têm medo de reverem radicalmente suas próprias idéias e preconceitos, mesmo os mais disfarçadamente humanistas e bem-intencionados. Bacchus vem minando o meu moralismo - ao mesmo tempo que me proporcionando utilíssimas informações e deliciosas risadas - há mais ou menos um ano; hoje, o blog completa cinco de existência. Fica registrada minha admiração por este blogueiro que está entre os poucos em que me espelho.
E, agora, a pedra-de-toque deste post:
LOST meets kinky sex!
Sim!!! Segue a declaração de Damon Lindelof na Comic Con deste ano, contestando um ouvinte que disse serem os Outros muito mais violentos que os sobreviventes do vôo 815:
"I would actually argue though, were you to go back and look at Season 1, that you'd find more acts of violence that our guys committed upon each other than the violence that the Others committed upon them or each other, but our guys are just a lot prettier, so when Sawyer is punching you in the face, you're kinda like - more, please? You're just so attractive, do you wanna take your shirt off while the beating continues? That would work for me too, but when Pickett or Friendly is beating you up, it's kind of like - oh, this is brutal violence. Not the kind of violence we subscribe to, so we promise, as the show moves forward, if the violence continues it will be perpetrated by catastrophically good looking people."
Evidentemente que um Sawyer descamisado não faz mal a ninguém - mas, quando se trata de uma boa violência, cá esta paciente sempre preferiu Sayid com suas torturas. (Não que homens fortes, de beleza exótica e desprovidos de preconceitos atraiam o meu interesse - claro que não, quase nada...)
LOST - O básico, o normal da experiência de LOST, todo mundo já conhece: mesmo a pessoa menos maníaca e/ou propensa ao vício, uma vez exposta às cenas iniciais do primeiro episódio da primeira temporada, empreenderá demoradas sessões de LOST, assistindo a vários episódios na seqüência; roerá as unhas de indignação com a própria ignorância frente aos mistérios da ilha; sonhará com pelo menos um personagem pelo menos uma vez. Até aí, tudo dentro dos limites da normalidade. A partir daí, começa a despontar um segundo tipo de fã, um pouquinho mais doente, que é aquele que começa a achar fundamental rever todos os episódios e acompanhar The LOST Experience (se você nunca nem ouviu falar nisso, parabéns: a insanidade ainda lhe é uma dama desconhecida). A partir deste ponto - isto é, quando a pessoa (deveríamos chamá-la agora de paciente?) conhece a Hanso Foundation e a Mittelos Bioscience como se para tais instituições houvesse trabalhado a vida inteira - a pessoa começa a ouvir então os podcasts oficiais de LOST com os produtores Damon Lindelof e Carlton Cuse (Darlton, para os já definitivamente pacientes). Eventualmente, a pes... ops, o paciente começa também a acessar diariamente o blog Lost in Lost e a ouvir os podcasts do CA Monteiro. (Naturalmente, neste estágio já avançado da doença, o paciente não controla mais a utilização cotidiana de expressões como "I believe in Jacob", "Continue apertando o botão!", "Namastê" e derivados.)
E aí, quando vocês já estavam certos de que a doença havia atingido o seu clímax - quando o vírus de LOST parecia ter alcançado concentração máxima na corrente sangüínea (ou seria nas células? Ai, o vestibular) - ...
A pessoa (neste ponto, chamá-la de paciente pra quê? Desencana, agora é que ela não vai se tratar mais, mesmo) começa a RE-ouvir os podcasts oficiais de LOST.
Caros médicos freqüentadores deste blog: seria caso de internação compulsória? (Não que a pessoa citada seja eu, é claro que não, longe disso...)
Sexo - A indústria pornográfica especializada em sadomasoquismo é um empreendimento que destrói tudo aquilo que o feminismo levou décadas para construir, objetificando e explorando pobres mulheres submetidas a torturas degradantes. Certo?
Think again, dear friends, e enquanto isso acessem outros posts do ErosBlog - um site só para aqueles que não têm medo de reverem radicalmente suas próprias idéias e preconceitos, mesmo os mais disfarçadamente humanistas e bem-intencionados. Bacchus vem minando o meu moralismo - ao mesmo tempo que me proporcionando utilíssimas informações e deliciosas risadas - há mais ou menos um ano; hoje, o blog completa cinco de existência. Fica registrada minha admiração por este blogueiro que está entre os poucos em que me espelho.
E, agora, a pedra-de-toque deste post:
LOST meets kinky sex!
Sim!!! Segue a declaração de Damon Lindelof na Comic Con deste ano, contestando um ouvinte que disse serem os Outros muito mais violentos que os sobreviventes do vôo 815:
"I would actually argue though, were you to go back and look at Season 1, that you'd find more acts of violence that our guys committed upon each other than the violence that the Others committed upon them or each other, but our guys are just a lot prettier, so when Sawyer is punching you in the face, you're kinda like - more, please? You're just so attractive, do you wanna take your shirt off while the beating continues? That would work for me too, but when Pickett or Friendly is beating you up, it's kind of like - oh, this is brutal violence. Not the kind of violence we subscribe to, so we promise, as the show moves forward, if the violence continues it will be perpetrated by catastrophically good looking people."
Evidentemente que um Sawyer descamisado não faz mal a ninguém - mas, quando se trata de uma boa violência, cá esta paciente sempre preferiu Sayid com suas torturas. (Não que homens fortes, de beleza exótica e desprovidos de preconceitos atraiam o meu interesse - claro que não, quase nada...)
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