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quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Top Ten

Não sei se foi o David Letterman ontem, a conversa sobre a Maria Schneider hoje, ou um pouco dos dois. Fato é que há pouco constatei, sem a menor possibilidade de dúvida, que Hang gliding é uma das minhas músicas-preferidas-de-todos-os-tempos - e aí me deu vontade de fazer um Top Ten. Segue então a lista das minhas dez músicas-preferidas-de-todos-os-tempos-de-hoje - em ordem inversa, como convém:

10. Notícia

9. My foolish heart

8. Hejira

7. Céu de Brasília

6. Hang gliding

5. September 15th

4. Minuano

3. Matita perê

2. Águas de março

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(As estrelinhas são pra criar um clima de mistério e suspense, gente.)

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And the number one reason why we should listen to music, ladies and gentlemen...

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1. FIRST CIRCLE

(A versão ao vivo, de 93. Naturalmente.)

Como toda boa neurótica, vim levando minha vida até aqui imersa em muitas dúvidas e algumas poucas certezas. Destas, destacam-se (tomem fôlego que aí vem um Top Three): 3 - jamais apreciarei uvas passas; 2 - morrerei um dia; 1 - First circle foi, é e será, sempre e para sempre, sob quaisquer circunstâncias, em todos os tempos e lugares, dormindo ou acordada, raciocinando ou demenciando, curando-me ou pirando, apaixonada ou amargurada - a música mais bela e importante de toda a minha vida, por toda a minha vida.

Eu posso fazer um novo Top Ten amanhã, e outro depois de amanhã, e ainda um outro semana que vem - cada um contendo nove músicas diferentes de nove compositores diferentes (ou mesmo de um só compositor: nove Miltons, nove Monks, nove Gershwins) - mas a primeira delas jamais cederá lugar a qualquer outra.

Ouvi essa música ao vivo o que, umas dez vezes na vida? Por aí. Em todas elas, sem exceção, sempre bati palma (quem conhece a música sabe do que estou falando) e cantei junto silenciosamente (para não atrapalhar a experiência emocional do ouvinte ao lado); sempre estranhei o solo do Lyle, ora só, diferente daquele que sei de cor; sempre senti um ligeiro aperto no coração por ser outro, e não o Pedro, a cantá-la.

Nunca, nem uma vez sequer, deixei de me emocionar até a última gota (de suor); o último pêlo (de arrepio); o último contorcer (do estômago); o último espasmo (da perna); a última gota (de lágrima).

(Sim, podem ir em frente e me acusar de sentimental. Guilty as charged, ladies and gentlemen. O melhor desta vida, sinto lhes informar, é sentimental. Absolutamente sentimental. Freqüentemente, indizível. Algumas vezes, brega.)

Nunca deixei de agradecer a Deus, após ouvi-la, por ter a sorte de me encontrar viva neste momento da história da humanidade. Ouvindo First Circle, aliás, nunca deixei de pensar, por um momento que fosse - talvez o momento em que o Pat começava a strum (sei lá como se fala isso em português) o violão - que talvez, quem sabe, Deus exista mesmo.

E de que outra forma concluir este texto, a não ser batendo palmas?

Vamos lá, que nem em código morse: / = palma de um tempo; // = palma de dois tempos (ou, palma curta e palma longa):

/ // //
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/ // // //
/ // //
/ // // //
/ //
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...

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4 Comentários:

Às 2 de agosto de 2007 às 08:52 , Blogger Bel disse...

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...

 
Às 2 de agosto de 2007 às 08:57 , Blogger Camila disse...

HAHAHAHAHAHA!!! A mulher tá empenhada!!!!

Só uma dica: zxcvb, use o indicador duas vezes e inclua o b também...

 
Às 5 de agosto de 2007 às 01:01 , Anonymous Anônimo disse...

Pode parecer tendencioso, mas First Circle também é a primeira das das mais belas canções que já ouvi nos meus 40 anos de idade. E olha que não foram poucas...
Lembro bem, como se fosse ontem, eu saindo do Shopping Morumbi (da saudosa Hi Fi com o CD recém saído do forno nas mãos) doido de ansiedade pra ouvi-lo.
Como era habito (já o fizera com Offramp, As Falls Wichita, American Garage...) eu peguei meu carro, subi a Bandeirantes e apontei para a Imigrantes. Quando de fato virou estrada, parei no acostamento e botei "o cara" pra tocar.
Fiquei assustado:
"O que é isso?"- indaguei franzindo levemente olhos.
Que estranha essa "marcha". (Antevendo o que seria um dos maiores sustos da minha vida: "Zero Tolerance For Silence").
Mas, em seguida, a "Yolanda " me trouxe de volta à emoção do começo e me mostrou o quanto vale a pena esperar.
Agora, qdo aquelas palmas entraram seguidas dos indefectíveis acordes recheados pelos "oberheimicos" pads do Lyle; os pêlos do braço subiram, assim como os da nuca e, conseqüentemente, o coração passou a pulsar em 11 por 8. E era só o começo... ainda viria a voz do nosso hermano Aznar, o interlúdico solo do Lyle, o especial ascendente... Nossa...
Os efeitos colaterais são indefectíveis. Estava inebriado por tanta sutileza... Não deixei as próximas músicas começarem e voltei à faixa 3 umas 3 vezes seguidas. A cada repetição eu percebia algum novo e mais belo detalhe.
Acho que ali se originou o que hoje ELES denominaram The Way Up.
Paixão a primeira ouvida que se transformou em amor incondicional.

 
Às 5 de agosto de 2007 às 01:06 , Blogger Camila disse...

Adorei a descrição da sua experiência, embora não tenha entendido a relação estabelecida entre FC e TWU. E eu me lembro dessa Hi-Fi! Nada, porém, que se compare à Pop's! ;-)

Beijos em 11/8,

Mi

 

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