Adeus, Marta
Dizem que propaganda política serve para enganar / convencer as massas desinformadas. Devem estar certos. Porque eu, esta politizadinha de merda que sou, acabo de ser inteiramente convencida por um comercial político de TV. Um comercial que começa e continua muito bem, fazendo questionamentos importantes sobre a (pra lá de questionável) trajetória política de um sujeito que pretende se reeleger à prefeitura da maior cidade do meu país, que por acaso é também a minha cidade.
E eis que de repente o comercial vira um produto dos mesmos marqueteiros da campanha de McCain. Sabe aqueles comerciais que reforçam sutil e poderosamente o preconceito racial mais entranhado nos estadounidenses, sugerindo que Obama é o negão árabe e desconhecido prestes a roubar o seu emprego e comer suas criancinhas? Pois. De repente, não mais que de repente, o comercial passa de "Kassab - quem é esse político?" para "Kassab - quem é esse sujeito que até hoje não casou e não teve filhos?".
Para mim isso configura, como bem dizia Arianna Huffington outro dia, apelação à parte mais lagártica do cérebro dos eleitores. E, como disse melhor ainda o Gravataí, essa foi uma manobra digna de Maluf, à qual nem o próprio teve coragem - ou idéia, vai saber - de recorrer.
Mas a propaganda não é de McCain nem de Maluf - é de Marta. Que acaba de jogar pelo ralo do youtube toda uma vida de luta pelos direitos dos homossexuais - e, com isso, acaba de perder o meu voto para todo o sempre. E não só o meu, tenho certeza disso.
Então estamos esperando por uma retratação pública de Marta e sua campanha. Quem sabe assim ela me reconquiste. Mas duvido. Duvido que ela o faça e, se fizer, duvido que seu discurso seja incisivo a ponto de me reconquistar.
Adeusinho, Marta. Meu voto no segundo turno, caso eu estivesse em São Paulo, seria nulo.
P.S.: PD disse tudo o que precisava ser dito aqui.
E eis que de repente o comercial vira um produto dos mesmos marqueteiros da campanha de McCain. Sabe aqueles comerciais que reforçam sutil e poderosamente o preconceito racial mais entranhado nos estadounidenses, sugerindo que Obama é o negão árabe e desconhecido prestes a roubar o seu emprego e comer suas criancinhas? Pois. De repente, não mais que de repente, o comercial passa de "Kassab - quem é esse político?" para "Kassab - quem é esse sujeito que até hoje não casou e não teve filhos?".
Para mim isso configura, como bem dizia Arianna Huffington outro dia, apelação à parte mais lagártica do cérebro dos eleitores. E, como disse melhor ainda o Gravataí, essa foi uma manobra digna de Maluf, à qual nem o próprio teve coragem - ou idéia, vai saber - de recorrer.
Mas a propaganda não é de McCain nem de Maluf - é de Marta. Que acaba de jogar pelo ralo do youtube toda uma vida de luta pelos direitos dos homossexuais - e, com isso, acaba de perder o meu voto para todo o sempre. E não só o meu, tenho certeza disso.
Então estamos esperando por uma retratação pública de Marta e sua campanha. Quem sabe assim ela me reconquiste. Mas duvido. Duvido que ela o faça e, se fizer, duvido que seu discurso seja incisivo a ponto de me reconquistar.
Adeusinho, Marta. Meu voto no segundo turno, caso eu estivesse em São Paulo, seria nulo.
P.S.: PD disse tudo o que precisava ser dito aqui.
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